quarta-feira, 2 de maio de 2007

Julia Scher

“Galeria de Arte: Trabalho produzido pelos alunos de Estética e Cultura de Massa I da Faculdade de Comunicação – FAAP. A Galeria reúne informações sobre importantes artistas contemporâneos surgidos num segundo momento da modernidade, posterior à eclosão das primeiras vanguardas. Ou seja, artistas cuja tradição já é a própria modernidade”.

Biografia:


Julia Scher nasceu no ano de 1954 em Hollywood, Califórnia. Ela participou de conferências em Harvard, Princenton e em Rutgers. Atualmente mora e trabalha em Boston. É representada pela galeria de arte Andréa Rosen Gallery em Nova Iorque. Seu trabalho vem sido largamente exposto nos Estados Unidos e na Europa. Julia é profissional da área de segurança, e possui sua própria empresa, a Security by Julia. Scher nos lembra de que na maioria das vezes não temos consciência dos perigos causados pela crescente presença de sistemas os quais nos monitoram constantemente no espaço público, e até mesmo no privado.

Apresentação da carreira:

Sua primeira apresentação solo foi em 1984 na Coffman Gallery, localizada na Universidade de Minnesota e foi nomeada “Julia Scher, American Landscape”. Logo depois veio um número imenso de exposições por todo Estados Unidos, quase uma por ano. Além disso, Julia expôs suas obras em diversas cidades da Europa, tais como: Viena na Áustria (1993, 2000), Cologne na Alemanha (1994), Milão na Itália (1995), Friburgo na Suíça (1996), Paris na França (1997) e em Berlim na Alemanha (1995, 1998, 2000, 2002). A última apresentação solo datada de Julia foi em 2004, chamada de “Six Feet Under Make Nice” foi apresentada na White Box em Nova Iorque no período de 20 a 24 de julho. (Lista completa em: http://web.mit.edu/vap/workandresearch/workfaculty/work_scher_solo.html).

Já as exposições em conjunto com outros artistas são muito mais numerosas. Sendo a primeira em 1979, chamada “L.A.I.C.A. Sells Out”, foi apresentada no Instituto de Arte Contemporânea de Los Angeles na Califórnia. A partir daí Julia apresenta um número invejável de exposições em grupo ao longo de sua carreira, sendo em 1981 e 1983 uma por ano; em 1984, 1986, 1988, 2002 e 2005, duas por ano; em 1990, 1991 e 2003, três por ano; em 1987 e 2000 quatro por ano; 1989 e 2001, cinco por ano; em 1998 seis apresentações; em 1997 e 1998 oito por ano; em 1994 e 1995 dez por ano; em 1993 e 1996 doze por ano; e finalmente em 1992 alcançando a marca de dezoito apresentações em grupo. O último ano datado foi 2005, onde Julia participou de três exposições: “On Patrol” na De Appel em Amsterdã de 29 de janeiro a 20 de março; “Artists from the University of Minnesota” na Catherine Nash Gallery – Universidade de Minnesota em janeiro; e “Look Out” na Joseloff Gallery na Universidade de Hartford em Connecticut de 26 de janeiro a 27 de fevereiro.(Lista completa em: http://web.mit.edu/vap/workandresearch/workfaculty/work_scher_group.html).

Atualmente Scher possui apenas 2 obras em exposição, a The Shurmann House, desde 1991 na Alemanha, e a Security by Julia Underwear (SBJ-U), desde 1992 nos Estados Unidos. Porém a maioria de suas obras estão expostas na internet, meio preferido de Julia.

Prêmios:

- The Bunting Fellowship at Harvard University, Cambridge, MA [USA], 1996 - 1997;
- Art Matters, Inc. [USA], 1993, 1989, 1988, 1987;
- National Endowment for the Arts [USA], 1992;
- Artists Space, Individual Artist Grant [USA], 1988;
- Grant of the Jerome Foundation [USA], 1987.
- John F. Solomon Guggenheim Foundation Fellowship, 2005.

Comentários:

”Tais trabalhos expandem a definição de arte, alinhando-a com a arquitetura. De maneira similar, outros artistas enxertam suas atividades de arte em modelos de organização empresariais. Essa é a estratégia escolhida por Julia Scher, que é profissional da área de segurança e tem sua própria empresa, a Security by Julia. Criando trabalhos em galerias e outras instituições, ela toma emprestada a parafernália das empresas de segurança — câmeras de vigilância, monitores, gravações em vozes suaves e escrivaninhas com pessoas portando uniformes de segurança cor-de-rosa, que são a sua marca registrada. (...) Tais instalações parodiam e minam a confiança contemporânea na tecnologia para assegurar nossa sensação de segurança pessoal e pública. Por abordarem o surgimento de uma indústria que está se tornando cada vez mais uma característica intrusiva da vida moderna, as instalações de Scher conquistaram grandes audiências nos Estados Unidos, Europa e Ásia.” (Eleanor Heartney)

“Scher é uma em um grupo de artistas emergentes que se utiliza deliberadamente do emprego diferenciado da tecnologia como forma de expor seus mecanismos ideológicos que estão escondidos. Demonstra então nossa cumplicidade na proliferação da tecnologia utilizada para inspecionar nossas identidades físicas e virtuais. Ela brinca com a noção de scopophilia, a emoção barata e reflexiva do olhar. Com suas ligações infinitas aos pacotes de dados (potencialmente “sujos”) e do seu descentralizado labirinto, a internet (World Wide Web – WWW) é o meio ideal para Scher. Esta pôde certamente quase ter sido criada por ela mesma.” (Andrew Hultkrans)

Obra 1 - Celesteolalquiaga


Em meio a tantas obras, o grupo optou por 3 obras demasiadamente interessantes que estarão disponíveis nos links abaixo. A primeira obra escolhida chama-se Celesteolalquiaga e se trata de uma historia cultural interessada nas contradições da modernidade e os aspectos residuais da cultura moderna. Link: http://www.celesteolalquiaga.com/

Obra 2 - Engineering 2 Predictive


Já a segunda obra criada é denominada Engineering 2 Predictive, a qual invoca os temas dos perigos implícitos nos mecanismos e nos materiais que a artista se apropria da indústria de segurança. Scher extrai nossa atenção ao projeto e ao protocolo operacional da tecnologia de comunicação implicando o museu como um local e como uma situação social. Mistura o visitante dentro dele o expondo ao sistema "intruso" projetado para a segurança pública que ataca a liberdade pessoal. Link: http://www.sfmoma.org/espace/scher/jsindex.html

Obra 3 - Microwave


Por fim, na terceira e última obra, Julia Scher continua sua investigação da transformação eletrônica com o microondas, uma relação designada para fazer mais do que excitar moléculas. Microondas saturam a sociedade, derramando diante das telas de computador, telefones a pilha, armamentos militares.... Ao contrário dos fogos pálidos da televisão, microondas não devem ser vistos superficialmente. Uma tecnologia que cozinhe sem calor, contudo queima a carne e os olhos, estão na relação entre a vigilância atômica militar e os sistemas eletrônicos da transmissão e da entrega da cultura americana do fast-food.
Link: http://scherware.com.thing.net/

Links

Links Interessantes:
Entrevista (em inglês) - http://rhizome.org/thread.rhiz?thread=1561&page=1#2772
Obras - http://adaweb.walkerart.org/project/secure/corridor/sec1.html